sábado, 25 de agosto de 2012

Momento

Esse foi um trechinho de uma história que encontrei com esses olhos de procurar. . .

Sempre vou lembrar-me do beijo. . .

 Ela, linda, aquecida como a queremos ver, de branco o abraçava. Frente a frente o olhava nos olhos e chorava e sorria num só e único momento em que o aconchego, o querer se manter junto era tão forte que só havia como adiar tantas vezes quantas fosse necessário para evitar se permitir esse desapego. Mesmo que só físico já que tudo o mais estava mais forte ainda...

 As mãos dele, depois do último aceno e de sua imagem partida por trás da matéria que a encobriu, se elevaram tremendo, sob o som de sua pergunta que surgia entre seu choro de despedida:

 E agora o que é que eu faço? )))))))))))))))))))))))))))))))))) .

 A pergunta ecoou no ar.

 Disse outra observadora que a resposta paterna veio calma com um
 - Espera! .

 Tão menino em seu estar vulnerável, como só os que se permitem sentir e se expor completamente ao que lhes é proposto, sabem ficar. .
Senti-o tão caçula e intenso quanto ela a meus olhos.
Ali eram duas crianças adoráveis ensinando o que é amar... .



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