Esse foi um trechinho de uma história que encontrei com esses olhos de procurar.
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Sempre vou lembrar-me do beijo.
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Ela, linda, aquecida como a queremos ver, de branco o abraçava. Frente a frente o olhava nos olhos e chorava e sorria num só e único momento em que o aconchego, o querer se manter junto era tão forte que só havia como adiar tantas vezes quantas fosse necessário para evitar se permitir esse desapego. Mesmo que só físico já que tudo o mais estava mais forte ainda...
As mãos dele, depois do último aceno e de sua imagem partida por trás da matéria que a encobriu, se elevaram tremendo, sob o som de sua pergunta que surgia entre seu choro de despedida:
E agora o que é que eu faço? ))))))))))))))))))))))))))))))))))
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A pergunta ecoou no ar.
Disse outra observadora que a resposta paterna veio calma com um
- Espera!
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Tão menino em seu estar vulnerável, como só os que se permitem sentir e se expor completamente ao que lhes é proposto, sabem ficar.
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Senti-o tão caçula e intenso quanto ela a meus olhos.
Ali eram duas crianças adoráveis ensinando o que é amar...
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